sábado, 15 de maio de 2010

Educação nutricional: micos e experiências

Há milênios atrás, vim ao blog para postar o meu desafio da vez, o projeto de educação nutricional em Nova Iguaçu.
O evento do dia das mães que organizamos foi uma grande experiência. Foi muito corrido, tive que virar a noite... mas valeu a pena.
Cada vez mais, é importante que o profissional/estudante de nutrição ‘quebre’ os muros que separam a universidade do resto da sociedade, pois é aí que se encontra o verdadeiro conhecimento. Aquele conhecimento que pode ser plenamente compreendido pelos nossos ouvintes.
Mas... o público deve ser só ouvinte??
Definitivamente não.
É fundamental que possamos incluir as pessoas no processo de construção de atividade. Afinal, é para elas que fazemos.
Começamos com o comidograma, que foi uma forma muito legal de conhecer a população, já que não tivemos a oportunidade de identificar especificamente esse público.
“Como e gosto”, “como e não gosto”, “não como e gosto” e “não como e não gosto” são os termos que as pessoas tinham que responder. E sempre fico apreensiva se o público vai participar bem nesse tipo de interação, mas houve resultado hiperpositivo.
No meio daquela chuva de palavras, quando fui escrever o que o pessoal não come e não gosta, fui escrever salsicha, e saiu salcisha, kkkkkkkkkkkkk! Ninguém merece, e ainda tiraram fotos da minha obra de arte gramatical.
E por fim, o texto que postei... Até que eu consegui fazer! No meio do improviso, sem saber como começar, como entrar, alguma coisa foi! E elas gostaram e se identificaram com o texto. E a piada da ração humana agradou xD.
Agora, por mais que tenhamos em mente que nós conhecemos algo de nutrição, que podemos fazer um intercâmbio de idéias com as pessoas de forma natural, não tem jeito... O nervosismo de estar ali, falando pras pessoas, é gigantesco. Minha mão tremia com o microfone, por mais que a minha expressão facial passasse uma imagem de tranqüilidade. Nessas horas, eu reconheço o quanto o curso de turismo me ajudou a ter essa “falsidade do bem”. Eu estou mega nervosa, só que ninguém precisa saber ;)
O que é importante também é saber decodificar a nossa linguagem para que o grande público possa entender, e nem se sentir subestimado. Tarefa difícil, é como ter um Google tradutor na cabeça, que transforma linguagem técnica em linguagem usual.
Uma açãozinha só já modifica a sua maneira de interpretar e ver as ações educativas e eventos como um todo.
Exatamente uma semana depois, tivemos que fazer uma palestra na creche que trabalhamos. E como ela aconteceu naquele formato tradicional, eu senti falta dos cartazes, da pagação de mico, da conversa mais aberta. Mas às vezes o tempo tem que mandar mais que a criatividade. Por incrível que pareça, não me senti nervosa no momento da explanação.
E mal está começando. Daqui a duas semanas, já temos simulação de prática educativa em sala de aula, e depois, rua de novo!

Trabajando
Trabajando duramente,
Trabajando sí...

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